sábado, 11 de maio de 2013

CESPE - AGU (2010)

Antes de começar, baixe a prova aqui.

1 - A resposta deste item está no primeiro parágrafo: "...consumidores reconhecem as boas causas e estão cada vez mais dispostos em apoiar as marcas e empresas que as praticam, percebendo o poder que possuem de determinar as tendências do mercado."
Resposta: C

2 - De acordo com o segundo parágrafo, em 2008, 29% dos brasileiros disseram encontrar satisfação em ir às compras, ou seja, consumir. Tendo uma diferença maior em relação ao ano de 2009 (14%) para os consumidores ouvidos de forma geral: 25% em 2008 e 16% em 2009.

Diferença brasileira: 29 - 14 = 15
Diferença de forma geral: 25 - 16 = 9

Desta forma, a tendência é que os brasileiros consumam menos a partir de 2009, mas não de 2008.
Resposta: E

3 - Sempre tenho falado que, na análise dos itens relacionados à interpretação de texto, não se deve procurar pelo em ovo. De fato, de acordo com o quinto parágrafo, os pesquisadores e jornalistas não entendem o que está acontecendo. Já no sexto parágrafo, o relatório explica que para atingir a meta de 2°C até 2050, a humanidade (ou os diversos setores da sociedade) teria de reduzir a intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às atividades econômicas em 95%.
Resposta: C

4 - Nesta questão, é importante que o concurseiro entenda a diferença entre "de encontro a" e "ao encontro de".

De encontro a = contra
Ao encontro de = de acordo, a favor

Então, este item fala que "...o sistema econômico vai contra ao que se almeja no mundo..."
O quarto parágrafo responde este item. Ele pode ser traduzido assim: os grandes líderes de mercado não entendem que os consumidores estão começando a se preocupar mais com os aspectos sociais e ambientais. Em vez disso, as empresas têm um modelo ultrapassado que visa a redução de custos, não importando o que vai acontecer à sociedade e ao meio ambiente, indo, portanto, no caminho inverso do que pensa os consumidores.
Resposta: C

5 - O texto não põe em xeque a atuação das empresas. Segundo o penúltimo parágrafo, as mudanças provenientes das mudanças climáticas nos obrigam a repensar e recriar nossos modelos, com inovação e visão de futuro. É isso que estão fazendo os líderes mundiais.
Resposta: E

6 - O texto deve ser lido mais de uma vez para pegar detalhes que podem passar numa primeira leitura. Mas a segunda só deve ser feita junto com a resolução das questões. Volte ao texto quantas vezes achar necessário. A resposta deste item começa no trecho encontrado entre as linhas 17 e 19: "É necessária uma revolução nos processos industriais e isso inclui os aspectos relacionados ao consumo, que precisa urgentemente ser reinventado."
Resposta: C

7 - Quando o autor fala, no segundo parágrafo, no percentual de consumidores que disseram tirar satisfação em fazer compras, ele não confirma a afirmação deste item.
Resposta: E

8 - Aqui, precisamos analisar os termos citados e ver suas semelhanças.

a partir de = com início em determinada data. Analisando no texto, "...oportunidades que estão surgindo das transformações em diante..."
por razão das = por causa das. Analisando..., "oportunidades que estão surgindo por causa das transformações ou tendo as transformações como causa..."
em consequência das = devido a, por causa de. Analisando...,  "oportunidades que estão surgindo por causa das transformações ou tendo as oportunidades como consequência..."
com as = no sentido do texto, significa a partir das.

Sendo assim, todos os termos são equivalentes, sem trazer prejuízo sintático ou semântico por conta de substituição.
Resposta: C

9 - As duas regências são aceitas. Pode haver a troca, mantendo o sentido do texto, como mostra o exemplo abaixo com uma construção com "defesa à":

"São palavras de Melo, em momento de defesa à argumentação de Alencar sobre seus “brasileirismos: ..."
Resposta: C

10 - As locuções verbais "estão fazendo" ou "estar fazendo" dão ideias de continuidade da ação pela presença do gerúndio. As formas verbais "fazem" e "fazer" são do presente do indicativo e não dão ideia de continuidade. A troca realmente mantém a correção, mas altera o sentido.
Resposta: C

11 - Retiram-se os artigos determinantes dos substantivos aspectos e consumo, mantendo-se a preposição regida pelo nome (relacionados). O "que", por ser pronome relativo, pode ser substituído por "o qual" (também pronome relativo). Tudo isso não altera o sentido nem prejudica a correção gramatical do período. Até aqui, já se tem a resposta da questão, mas como forma de aprendizado e fixação, cabe uma análise da oração "que precisa urgentemente ser reinventado." Observem que é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Sabe-se que ela é subordinada adjetiva justamente pela ideia de adjetivo e pela presença do pronome relativo que tem. Sabe-se que é explicativa porque a oração vem separada por vírgula, trazendo a ideia de que todo consumo precisa ser reinventado. Se não tivesse a vírgula, seria subordinada adjetiva restritiva, dando a ideia de que nem todo consumo precisa ser reinventado, somente alguns (restrição). Observem que uma oração subordinada adjetiva pode ser substituída por um adjetivo:

"O homem que mente não presta"

Oração principal: O homem não presta
Oração subordinada adjetiva restritiva: que mente (só os que mentem)

Equivale a:
"O homem mentiroso não presta"'
Resposta: C

12 - Tanto antes como depois do verbo, o vocábulo ainda tem o sentido de até agora.
Resposta: E

As questões seguintes (13, 14 e 15), devem ser respondidas conforme MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm).

13 - Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado:

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

a) do Poder Executivo;
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.

b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.

Resposta: C

14 - Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

(espaço para assinatura)
Nome
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

(espaço para assinatura)
Nome
Ministro de Estado da Justiça

Resposta: E

15 - As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.

A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.

A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização.

Resposta: E


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